TRADUTOR

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Os 6 conselhos de Ram Charan para transformar estratégias em resultados




São Paulo – No papel, todas as estratégias são vencedoras – mesmo porque, em alguns casos, elas nem saem da prancheta. Mas o que diferencia as empresas e os executivos bem-sucedidos dos que vão para a vala comum dos powerpoints é sua capacidade de transformar estratégias em resultados efetivos.
Como? Para Ram Charan, um dos maiores papas da gestão mundial, há seis passos para que belas e ambiciosas palavras tornem-se conquistas palpáveis, como lucros e geração de valor para os acionistas.
Charan é consultor de importantes empresas, como GE, Novartis e DuPont, o especialista está de passagem pelo Brasil e participou, nesta quarta-feira, da HSM Expomanagement. Veja, a seguir, seus conselhos:
1 – Olhe para o horizonte
Um dos segredos das companhias mais bem-sucedidas, segundo Charan, é estar sempre de olho nas tendências externas. “Seja qual for o seu modelo de negócio, descobrir tendências e olhar para fora sempre pode trazer bons resultados. A internet hoje facilita muito as coisas, mas precisamos ficar atentos e olhar sempre fora da ótica dos outros. Por isso, seja global”.
2 – Estabeleça prioridades sensatas (e não muitas)
Tenha apenas de três a cinco prioridades dominantes. Se você conseguir detectar quais são elas com clareza, com certeza, vai conseguir reverter isso em resultados. “Bill Gattes, da Microsoft, quando começou tinha apenas uma prioridade: um computador para cada um dos seus funcionários e, a partir daí, as coisas começaram a funcionar com eficiência”.
3 – As pessoas certas precisam estar nos lugares certos
Nunca contrate alguém que não saiba jogar em equipe. Um líder não precisa ser perfeito e certamente não será. Mas os funcionários precisam estar felizes e satisfeitos. “Por isso, as pessoas precisam estar à vontade. Se você conseguir reduzir ao máximo as pessoas erradas nos lugares certos já é outro passo importante”.
4 – Aprenda a unir pessoas, estratégias e operações
Procure sempre ligar pessoas, estratégias e orçamentos. Neste caso, faça sempre duas perguntas: se a estratégia vai decolar e como mudar o orçamento para o ano seguinte. “Uma das maiores livrarias americanas, a Borders, está falida e a Amazon tem responsabilidade nisso. Ela teve sucesso porque conseguiu reduzir os custos investindo em software e se tornando uma empresa global e não apenas americana, como a Borders”.
5 – Sempre avalie seu desempenho de tempos em tempos
Seja engajado e avalie periodicamente os resultados da sua companhia. Se eles não vão muito bem, procure descobrir as verdadeiras razões que levaram a isso e corrigi-las.
6 – Execute
A execução não é uma ciência dificílima, mas requer muito treino para se atingir a prática. Temos empresas como a Apple, Amazon e até brasileiras, como Natura e Ambev, que fazem isso muito bem. “Execução faz toda a diferença e tem que ser 80% do negócio. Temos uma pista de decolagem enorme e as empresas globais são as mais maravilhosas nesse quesito”.

Daniela Barbosa, de

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Coutinho defende queda dos juros para ampliar investimentos


Brasília - O Brasil precisa ampliar a taxa de investimento para cerca de 24% do Produto Interno Bruto (PIB). que é a soma de tudo o que o país produz e oferta em serviços. Mas, para chegar a esse percentual, é necessário que os juros básicos da economia (Selic) caiam ainda mais. A avaliação é do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, que participou de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Atualmente, disse Coutinho, a taxa de investimento está perto de 19%.
Coutinho voltou a defender a ampliação do investimento privado em reais, principalmente em infraestrutura. Segundo ele, se o financiamento do setor fosse responsabilidade exclusiva do BNDES, o banco estatal de fomento teria de dobrar de tamanho.
Com relação à queda da taxa Selic, o presidente do BNDES enfatizou que não está fazendo nenhuma recomendação ao Banco Central, autoridade monetária responsável pela definição da taxa básica de juros. De acordo com ele, o BC deve ter total liberdade para subir ou descer os juros para controlar a inflação. “Esse desafio [de reduzir a Selic] depende da manutenção da inflação sob controle” e de uma política fiscal firme, com redução de gastos públicos. Assim, na avaliação de Coutinho será possível ampliar os investimentos de longo prazo.
O presidente do BNDES estima que, no longo do tempo, a taxa Selic convirja para o nível da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que está em 6% ao ano.
Para Coutinho, atualmente, há uma situação “cômoda” para os investidores, que podem aplicar em títulos públicos de curto prazo, com pronta liquidez, indexados e sem risco. Em outros países, disse ele, quem quer ter rendimentos mais altos, aplica no médio e no longo prazos em ativos de maior risco.

Kelly Oliveira, da