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sábado, 2 de julho de 2011

A morte do senador e ex-presidente Itamar Franco



Internado em estado grave com uma pneumonia aguda contraída numa internação para tratamento de leucemia, o senador e ex-presidente de 81 anos Itamar Augusto Cautiero Franco.
Segundo os médicos do Hospital Israelita Albert Einstein, Itamar Franco estava respirando através de aparelhos, com necessidade de baixo fluxo de oxigênio. Ele estava internado desde o dia 21 de maio para tratar da leucemia.


A morte do senador e ex-presidente da República Itamar Franco (PPS-MG), ocorrida na manhã deste sábado, deixou de luto o País e motivou homenagens e manifestações de solidariedade de lideranças políticas. Diagnosticado com leucemia em maio, Itamar, 81 anos, estava internado em estado grave no hospital Albert Einstein, em São Paulo, respirando por aparelhos em decorrência de uma pneumonia aguda. Veja as principais frases de repercussão de sua morte:
Roberto Freire, deputado federal e presidente nacional do PPS - "Itamar sempre primou pela ética na política e sua história é um exemplo para todos os brasileiros. (...) O Brasil deve muito a esse grande homem."
Demóstenes Torres, senador (DEM-GO) - "Itamar foi o presidente da estabilidade política e econômica. Assumiu o cargo com o País em cacos e inaugurou uma era. Estudioso, prático, experiente, generoso, Itamar era um pedaço da melhor história do Brasil circulando pelo Senado."
Manuela d'Ávila, deputada federal (PCdoB-RS) - "O Brasil perde um democrata com a morte do presidente Itamar Franco."(terra).
Itamar franco morreu hoje pela manhã 02/07


Secretários de Fazenda se reunirão para negociar partilha do pré-sal Eles têm encontro nesta segunda em Brasília para definir percentuais. Estados produtores e não produtores de petróleo buscam acordo.




Secretários de Fazenda dos estados envolvidos na negociação sobre a divisão dos royalties do pré-sal vão se reunir nesta segunda-feira (4) em Brasília para discutir a definição dos percentuais que caberão a produtores e não produtores de petróleo.
A reunião é resultado de um acordo preliminar fechado na quinta-feira (30) entre Rio, São Paulo e Espírito Santo e os estados não produtores de petróleo.
“Na segunda-feira, os técnicos dos estados que participaram da reunião vão se reunir e, aí sim, o que esperamos é que existam números concretos, valores, recursos. Porque até aqui o que há é uma negociação iniciada", disse o governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), que junto com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), representam os estados não produtores na negociação sobre a divisão dos royalties.
Pelo acordo, os estados produtores aceitaram que os estados não produtores recebam parte dos royalties. Em contrapartida, os estados não produtores concordaram que a maior parte dos recursos deve ser destinada aos estados produtores.
O acordo prevê ainda que os estados não produtores também passariam a receber parte dos royalties assim que as regras e o marco legal fossem definidos e aprovados pelo Congresso. Com isso, não teriam de esperar até 2025, data prevista para o início da exploração do pré-sal.
Negociação
Déda afirmou que a União precisa "sentar à mesa" com os estados produtores e não produtores para negociar a divisão dos royalties do pré-sal. "Não sabemos quem vai pagar a conta. A União precisa sentar à mesa", disse Déda.
"Vamos chamar o governo para discutir isso. Vamos construir uma proposta que consolide tudo isso. Já concordamos que os produtores terão tratamento diferenciado, mas não vamos ficar esperando até que se comece a produzir o pré-sal", afirmou o governador.
Para viabilizar a parte do acordo que prevê a compensação aos estados não produtores, os secretários vão tentar na segunda-feira definir a origem dos recursos até que se inicie e exploração do pré-sal.
Segundo o secretário de Desenvolvimento do Espírito Santo, Márcio Félix Carvalho, que representará o estado na reunião, a União deverá entrar com alguma parte nessa compensação.
"Na reunião de segunda, vamos buscar uma maneira de contemplar os demais estados no período de transição até o início da produção [do pré-sal]. Estamos trabalhando para buscar fontes e recursos. A União deve contribuir com alguma parte", disse Carvalho.
Segundo o secretário, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), pediu que se busque um acordo que contemple os estados não produtores porque, segundo ele, "como está, todos perdem, produtores e não produtores [de petróleo]".
Congresso
De acordo com Carvalho, assim que se fechar um acordo em torno dos percentuais de distribuição, os governadores vão debater a proposta com o Congresso e com a Presidência.
Os governadores querem fechar um acordo nas próximas semanas a fim de evitar a derrubada do veto do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva à proposta que previa a divisão igualitária  dos royalties entre todos os estados e municípios brasileiros.
Enviado ao Congresso no ano passado, o projeto de redistribuição dos royalties do pré-sal está na Câmara dos Deputados. O texto assegura aos estados e aos municípios produtores uma fatia maior dos royalties. O texto foi editado pelo governo após Lula retirar da discussão do marco regulatório do pré-sal a partilha igualitária.
Além desse projeto, há uma proposta de substitutivo ao projeto enviado por Lula, de autoria do senador Wellington Dias (PT-PI).
O substitutivo, segundo Dias, prevê “dividir os royalties entre todos os estados e municípios brasileiros, produtores ou não (...) de acordo com os critérios previstos no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e Fundo de Participação dos Estados (FPE) sem diminuir os repasses atuais de estados como o Rio e Espírito Santo”.


Andreia Sadi e Sandro LimaDo G1, em Brasília

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Estados fecham acordo para royalties do pré-sal Quem não produz petróleo começará a receber receitas antes do início da extração; Estados produtores terão fatia maior, mas ficarão para depois



Os Estados que não produzem petróleo deverão receber uma parcela dos royalties e participações especiais desde já, e não só quando as áreas ainda não concedidas do pré-sal começarem a produzir, daqui a alguns anos. De outro lado, os Estados produtores deverão ficar com uma fatia maior dos ganhos com a exploração do pré-sal.
Esse foi o acordo de princípios fechado nesta quinta-feira, 30, entre os governadores do Rio de Janeiro e Espírito Santo - responsáveis por cerca de 90% da produção nacional de petróleo - e os governadores de Pernambuco e Sergipe, encarregados de costurar um entendimento com as demais unidades da Federação.
Um terceiro princípio acordado entre os governadores é o de que a riqueza gerada pela produção de petróleo deve ser "blindada" para evitar desperdício. "Queremos que esses recursos sejam direcionados a investimentos que representem uma aposta para gerações futuras, que sejam para a educação, a ciência e tecnologia, o meio ambiente", disse o governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Essas linhas deverão servir de guia para a elaboração de um acordo que resultará em uma nova regra de divisão dos recursos do pré-sal. Estados produtores e não produtores chegaram à conclusão de que é melhor construir um entendimento do que apostar na opção que está na mesa.
Veto. O Congresso ameaça derrubar o veto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a uma regra de divisão do pré-sal que privilegia os Estados não produtores, aprovada no ano passado. Caso o veto seja derrubado, os Estados produtores vão à Justiça. "O Judiciário não tem prazo para decidir e ninguém tem controle sobre o que pode sair de lá", disse o governador de Sergipe, Marcelo Déda.
Para fugir da incerteza, os dois lados cederam um pouco para tentar um acordo. "Recuamos, porque deve haver gestos de parte a parte", disse Campos. Assim, os não produtores concordaram em dar tratamento diferenciado para os produtores. Em compensação, os produtores terão de colaborar para que a riqueza do petróleo comece a ser dividida por todo o País tão logo a nova legislação seja aprovada. Estima-se que isso possa ocorrer em 2012.
Números. Falta, porém, o fundamental: definir quem cede quanto, e de que forma. Os números, que são os causadores da discórdia nesse tipo de discussão, serão detalhados pela área técnica ao longo da próxima semana.
Não está claro, por exemplo, de onde sairá o dinheiro para acalmar os Estados não produtores desde já. "A participação da União será fundamental", disse Déda. Questionado se abriria mão de parte dos recursos do petróleo que recebe atualmente para dividi-los com os não produtores, Casagrande desconversou.
"Não podemos abrir mão daquilo que a gente recebe e foi contratado. Seria ilegal. Mas estamos dispostos a construir alternativas que, no futuro, financiem os não produtores."
Ele acrescentou que a receita é futura, mas há instrumentos financeiros que permitem antecipar os recursos. Eduardo Campos explicou que o dinheiro pode vir, por exemplo, do aumento da produção de petróleo.
A ideia de determinar a aplicação dos recursos em áreas como educação, meio ambiente e inovação tem por base o mau uso que alguns municípios do Rio, beneficiados com royalties do petróleo, fazem do dinheiro.
Lu Aiko Otta, de O Estado de S. Paulo

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Montadoras dizem que custo de mão de obra e capital é prejudicial ao BrasilIndústria quer que governo adote medidas para desonerar a produção nacional




Os altos custos de capital e de mão de obra no Brasil estão entre os principais fatores que prejudicam a competitividade da indústria automotiva brasileira em relação a outros países.

De acordo com estudo apresentado hoje pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a mão de obra no setor no Brasil, incluindo encargos, custa R$ 13,78 (5,3 euros) por hora, enquanto no México o custo é de R$ 5,87 (2,6 euros) por hora, na China, de R$ 2,93 (1,3 euro) por hora, e na Índia, de R$ 2,71 (1,2 euro) por hora.

A taxa básica de juros real (descontada a inflação) é de 5,5% no Brasil, 1,1% no México e 1% na China, sendo que em países como Japão, Coreia, EUA, Índia, Estados Unidos e na própria Europa essa taxa é negativa, explica Cledorvino Belini, presidente da Anfavea, que apresentou o estudo à imprensa.

- Além disso, somos afetados por externalidades, como o câmbio. Enquanto o dólar se desvalorizou frente ao real, na comparação com a moeda mexicana e a coreana o dólar se valorizou, o que beneficia a exportação de automóveis desses países.

De acordo com o levantamento, elaborado pela PricewaterhouseCoopers e apresentado pela Anfavea ao governo há cerca de 15 dias, os custos totais da cadeia automotiva no Brasil chegam a ser 60% maiores do que em outros países. Se na China um custo hipotético na indústria automotiva é de R$ 156 (US$ 100), por exemplo, no Brasil é de R$ 249 (US$ 160), no México é de R$ 187 (US$ 120) e na Índia, de R$ 163 (US$ 105), considerando produtos equivalentes.

Inovação

A indústria automotiva brasileira acredita que poderá reverter o atual déficit da balança comercial do setor até 2015 ou 2016 caso a nova política industrial do governo - que deve ser apresentada em julho - contemple iniciativas que estimulem a inovação, diz Belini.

- Em 2010, o saldo foi negativo em R$ 13,56 bilhões (US$ 6 bilhões), sendo que em 2006 tínhamos chegado a um superávit de R$ 21,6 bilhões (US$ 9,6 bilhões. O setor automotivo representou 60% da redução do saldo comercial brasileiro entre 2006 e 2010. Sem inovações disruptivas, isso não será possível. As últimas verdadeiras inovações disruptivas que tivemos no nosso setor foram a criação do etanol e do carro flex.

Segundo ele, o Brasil investe apenas cerca de 1% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em pesquisa e desenvolvimento, enquanto na China esse número é de 1,5%, nos Estados Unidos é de 2,7% e na Coreia e no Japão chega a 3,5%.

Belini disse que o estudo foi bem recebido pelo governo e que um grupo multidisciplinar, que inclui, por exemplo, integrantes dos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), da Fazenda e da Ciência e Tecnologia, está estudando a questão. Na opinião dele, se não forem feitos investimentos em inovação, o país continuará importando cada vez mais.

A Anfavea estima que este ano serão comercializados 3,69 milhões de automóveis no Brasil, mas que até 2020 esse número pode chegar a 6 milhões.

- Mercado nós temos. Mas se não fizermos nada, estaremos criando mercado para ser abastecido por veículos de fora.

De acordo com números divulgados pela Anfavea, enquanto as vendas de veículos no Brasil cresceram 115% desde 2005, a produção cresceu num ritmo bem menor, 45%. Ou seja, essa diferença foi suprida pela importação de veículos, que passou de 88 mil unidades em 2005 para mais de 660 mil no ano passado e deve chegar a 850 mil neste ano.

R7

Brasil controlado pelo crime organizado




  1. A formação da quadrilha

Banqueiros, especuladores, jogadores da bolsa de valores e parasitas afins, após auferir uma quantidade obscena de recursos se decidem a defender seus interesses e ampliar sua lucratividade. Para isso, organizam-se.

      A eles pouco importa se o regime é liberal, autoritário, social-democrata ou mesmo alegadamente “socialista”. A única coisa que lhes importa é manter e ampliar sua lucratividade às custas do trabalho alheio.
      No caso brasileiro, após o fiasco monumental da ditadura militar – fiasco mais financeiro que outra coisa qualquer; o militar tem forte tendência ao nacionalismo e a pensar no próprio povo, apesar de todas as desgraças que causaram, o que de fato os levou a serem apeados do poder foi o fato de não estarem facilitando as coisas para os especuladores...
      A partir daquele momento, chegou-se, com a conivência dos intelectuais venais de hábito, à conclusão que o encaminhamento mais adequado à política brasileira, do ponto de vista dos bancos, seria a via eleitoral que, evidentemente, nada tem a ver com democracia embora a propaganda afirme hipnoticamente o contrário.
      Assim, aquela escória supracitada passou a patrocinar as campanhas eleitorais de seus potenciais aliados – muitos deles banqueiros ou proprietários de meios de comunicação para a massa.
      Eleitos, deputados e senadores votam leis em defesa da elite financeira que os conduziu ao poder, leis contrárias em tudo e por tudo aos interesses do povo trabalhador do Brasil – sempre, claro, tomando o cuidado de sempre afirmar o contrário diante dos meios de comunicação que os entrevistam ou sempre que aparecem ou discursam em público.
      O presidente da república não passa de um marionete, um palhaço que faz relações públicas afirmando em público o contrário do que foi decidido privadamente. É um mero marionete a defender os interesses dos bancos e jogadores enquanto discursa para a plebe mantendo-a sob controle com mentiras tão bem elaboradas que deixariam Joseph Goebels vermelho de vergonha e com ganas de voltar ao maternal...

      Aqui está uma expressão que virou moda, muito desagradável mas cabe perfeitamente neste contexto: “nuncaantesnestepaíz” um dirigente obteve tamanha popularidade governando para os banqueiros, contra o povo do Brasil e obteve tamanho sucesso em fazer acreditar justamente no oposto. Aqueles que foram deixados em situação de penúria PRECISAMENTE pelo tipo de governo que exerceu no primeiro mandato, agora abrem mão de lutar por emprego, salário e dignidade. Consolam-se com a bolsa-esmola que o governo concede aos desesperados com a aquiescência dos bancos...

2. Organizando o crime

      Frequentemente encontravam-se brechas na legislação brasileira que permitiam a um raro juiz humanista interpreta-la a favor do oprimido, contra o opressor. Tornou-se crucial não apenas modificar a legislação para evitar este tipo de ocorrência, como ainda controlar o judiciário para que aprenda de uma vez por todas a favor de quem devem julgar.

      Obedecendo caninamente aos ditames dos banqueiros e jogadores, de toda esta escória que comanda o crime organizado enfim, os menores detalhes na legislação trabalhista que beneficiavam, mesmo remotamente, o trabalhador, sofreram “reformas”. A própria expressão “reforma” que outrora significava uma mudança gradual do capitalismo em direção a uma sociedade mais justa – delírio dos social-democratas – sofreu uma flutuação e hoje, quando se fala em “reforma” todos sabem que mais desgraças cairão sobre os trabalhadores.
      A maior parte destas “reformas” que suprimem direitos trabalhistas e permitem aos banqueiros e jogadores avançarem cada vez mais sobre os geradores da riqueza desta Nação é engendrada pela facção que ocupa o Planalto, assinada pelo marionete dos banqueiros que ocupa a cadeira presidencial e lançada aos parlamentares venais que, a um bom preço, vendem suas consciências e assumem como suas estas iniciativas antipáticas.
      É ainda o marionete dos banqueiros que ocupa o Planalto aquele que nomeia os juízes apontados como “confiáveis” pela escória que realmente domina a Nação.
      Assim, tanto as leis quanto a sua interpretação está completamente sob controle dos bancos e seus representantes, ou seja, mais lucros para os biliardários e mais perdas para os geradores da riqueza, aqueles que trabalham e estão banidos da insignificante proteção legal com que contavam.
      Dizia meu falecido pai que quem paga diz como o assalariado deve proceder. O aparelho judiciário brasileiro conta com uma fonte independente de arrecadação de impostos? O legislativo a tem? Em que poder se concentra a arrecadação de impostos e portanto é o único a ter recursos? O Executivo. O Executivo paga o Judiciário e o Legislativo que, claro, segue suas ordens que, aliás, vêm das instâncias econômicas superiores, aquelas que verdadeiramente governam estepaíz.

      Assim organizado em torno de um único poder, o crime atinge o paroxismo da sofisticação, ficando os outros relegados ao papel de coadjuvantes. Podem discursar – é até útil à ilusão de democracia que haja discursos contrários ao poder verdadeiramente dominante, contra as medidas do governo. Com a condição óbvia de, ao fim e ao cabo, votar a favor, absolver e manter intocada a estrutura criada pelos líderes do crime organizado.

3. Diferentes formas de crime

      O crime organizado domina o Brasil, elabora leis e controla os juízes.

      A facção criminosa conhecida como “Banco Central” constitui-se na Instância Maior da República, aquela que efetivamente representa os interesses econômicos maiores que nos dominam.
      Aquela facção concentra toda a arrecadação de impostos e controla todas as finanças pátrias mas, como os traficantes nas favelas, concedem migalhas aos miseráveis para que lhes dêem suporte. Controlando os miseráveis através de esmolas e um sofisticado programa de propaganda para que fiquem apáticos e deixem de lutar por seus legítimos direitos à vida e ao trabalho honrado. Uma facção criminosa no poder corrompe toda a nação...
      À facção do BACEN cabe manter elevadas as taxas de juros e a lucratividade das empresas que representa. Cabe ainda evitar o crescimento do país, pois isto traria um fator de desestabilização que não estão dispostos a computar. Qualquer crescimento do Brasil acima do preconizado pela facção seria potencialmente perigosa à lucratividade astronômica da facção dos banqueiros e parasitas afins.
      À facção do Planalto cabe discursar, “fazer relações públicas” na direção oposta à prática econômica adotada pela facção do BACEN, sempre tomando a precaução de apresentá-la, senão como “a única alternativa possível”, aquela que trará benefícios ao trabalhador brasileiro no longo prazo.

      Esta é a mesma versão, elaborada pela mesma pessoa, de “deixar crescer o bolo para depois dividi-lo”. Era o discurso do Ministro do Planejamento do General Geisel e hoje presidente do BNDE, Antônio Delfim Netto.


4. A distância entre o discurso e a prática 


Em 1789 os brasileiros se revoltaram gravemente contra a cobrança de extorsivos 20% em impostos que iam integralmente para a Coroa Portuguesa, em nada beneficiando o povo desta nascente Nação. Vem desta época a expressão que ninguém suportava mais pagar “os quintos dos infernos”.


      O mundo muda, a propaganda se torna cada vez mais sofisticada e hoje, embora paguemos mais de 40% (mais de dois “quintos dos infernos”) de tudo quanto produzimos em impostos que em nada beneficiam os brasileiros não há revolta. Há concordância, conformismo e a revolta, rara, quando ocorre, destina-se precisamente a quem denuncia o mal, não quem o pratica! De vez em quando eu mesmo sou vítima desse tipo de “revolta”...
      Mas... E a enorme quantidade de impostos que pagamos, para onde vai, afinal?
      A facção do BACEN controla a distribuição destas finanças que remete, majoritariamente, à ciranda financeira, aos verdadeiros donos do poder.
      Não é casual que todo o presidente do BACEN seja escolhido entre e pelos representantes dos bancos e do grande capital especulativo. Ontem era o estafeta do George Soros, Armínio Fraga. Hoje é o gângster Henrique Meirelles, funcionário de carreira do Bank of Boston. Este mesmo, se chegar a ser substituído o será por outro representante dos mesmos interesses. A pantomima de se propalar que o marionete que ocupa o Planalto ser aquele quem “escolhe” ou “nomeia” o presidente do BACEN é mera propaganda; não ultrapassa o nível do discurso.
      A quantia é pavorosamente enorme, são 40% de toda a produção nacional. Sobra alguma quantia, que o BACEN autoriza o governo a distribuir da seguinte maneira:
1) Para a propaganda governamental propalar estar fazendo precisamente o oposto do que pratica e simplificar o desvio de recursos brasileiros a contas bancárias privadas em bancos estrangeiros, como ficou claro no episódio envolvendo Luiz Gushiken, Marcos Valério, Delúbio Soares e Duda Mendonça.
2) Recursos a fundo perdido em “cartões de crédito corporativos”. Quando foi revelado ao público que a Primeira Dama, D. Mariza Letícia, gastava mais de R$ 2.000,00 (cerca de 14 bolsas-esmola destas pagas por mês ao lumpemproletariado) POR DIA isto se tornou “Assunto de Segurança Nacional” e ninguém mais pode ficar sabendo o que a facção do Planalto faz com um rio de dinheiro.
3) Recursos para subornar diretamente parlamentares através de mensalão ou seja lá que nome passem a dar a esta prática, ainda muito comum. Esta prática, contudo, é meramente coadjuvante da forma principal de suborno a parlamentares através de nomeações a cargos públicos regiamente remunerados, como se diz no governo Lula, “por dentro e por fora”, negociações de ministérios “de porteira fechada”, etc. O único cargo não negociável, pois não pertence à facção do Planalto, mas à dos banqueiros é o de presidente (ou “ministro-presidente”...) do BACEN.
      Não se conhecem dados acerca das sobras de todos estes recursos expendidos desta maneira excêntrica, somente se sabem que não se destinam – seja por proibição taxativa da facção do BACEN, seja por incompetência pura e simples – à melhoria das condições existenciais de nossa gente.
      Nada é investido em escolas ou hospitais públicos, que se encontram em estado de calamidade. É uma política claramente pensada e elaborada: ao invés de aprimorar as escolas, desvia-se o recurso que lhes deveria ser destinado a uma coisa obscena chamada “PROUNI”: o governo paga uma fortuna para que entidades privadas de ensino de baixíssimo nível reservem vagas nos piores cursos a alguns miseráveis, estendendo a distribuição de renda da quadrilha dos bancos e políticos, também aos donos de escolas. Os hospitais públicos são abandonados para obrigar a todos os que podem a se submeter aos extorsivos planos de saúde privada ampliando a gangue também a estes.

      O mais incrível ainda é a situação dos policiais civis e militares em geral, com salários congelados há mais de 15 anos – houve uma intensa propaganda de um “aumento” de 1% que jamais aconteceu, só isso. Como defensores principais do status quo implementado pelos bancos e toda a escória similar que nos governa de fato, resulta inacreditável a situação em que se encontram. Quando saem fardados – o que vem se tornando cada vez mais raro, uma vez o crime, a exemplo do que vem de cima, se espalhar por toda a sociedade – utilizam vestes rotas e seu armamento é visivelmente obsoleto. A redução do horário de trabalho dos militares em 50% para compensar as perdas salariais sucessivas leva-os à economia informal e não é raro vermos colegas de fardas com problemas diante da lei. A mesma que os jogou nesta situação, aliás...

5. O crime desorganizado

      Quando faltam recursos para a educação do jovem, quando lhes são tiradas quaisquer perspectivas de uma vida digna e honrada, estimula-se o crime desorganizado. Já vivemos tempos em que ansiávamos para a futura geração uma vida melhor que a nossa. Hoje, a única certeza que podemos dar a nossos filhos é que jamais terão o mesmo padrão de vida que temos. Os de classe média caem cada vez mais de padrão existencial e os pobres são arremessados nas mãos dos criminosos desorganizados.

      Faço esta pequenina diferenciação pois os traficantes, seqüestradores e similares não têm a Lei ou o Parlamento a seu lado – são levados à mesma condição de egoísmo e desilusão que perpassa todo o mundo capitalista – ao contrário do crime organizado dos bancos, do Planalto, do BACEN, do Parlamento e do Judiciário. O exemplo vem de cima e eles tentam desesperadamente segui-lo, mas jamais disporão dos mesmos recursos que os verdadeiros donos do poder jogam ao ralo da corrupção e compra de legisladores, economistas e juristas no cotidiano.
      Os recursos que deveriam destinar-se à educação são desviados da maneira acima descrita; a isto se adiciona mais uma das atribuições da facção do BACEN: a manutenção de elevados níveis de desemprego. Isto protege os poderosos de greves, avilta salários e amplia seus lucros. O fato de o ser humano ser a maior vítima de toda esta situação sequer é considerado relevante pelos donos do poder. Aqui encontramos nova discrepância entre a realidade e o discurso. Fala-se em menos de 15% de desempregados no país. Todo o discurso oficial se encaminha nesta direção. Contudo, as pesquisas em que se baseiam o discurso oficial, não levam em conta pessoas que estão desempregadas há mais de 1 mês, pessoas que procuram emprego pela primeira vez, pessoas que recentemente demitidas, por um lado e, por outro, computam aqueles que conseguem sobreviver trabalhando na chamada “economia informal”, ou seja, que não pagam impostos e acabam sendo penalizadas por isso.
      Pesquisas sérias que levassem tais dados em consideração concluiriam que temos um “exército industrial de reserva” superior a 30% da mão-de-obra ativa. 30% de desemprego é sinônimo de desespero.
      Meninos mal formados – inclusive por insuficiência alimentar na primeira infância – sem acesso à educação formal são vítimas óbvias do crime desorganizado que busca imitar o maior e mais grave, o exemplo que vem de cima.
      Hoje a rebeldia juvenil sequer se manifesta politicamente. Por um lado há a propaganda hipnótica a desinformar que “os trabalhadores estão no poder”; por outro os sindicatos se transformaram em míseros apêndices do governo que, mal e porcamente organizam festas laudatórias ao marionete dos banqueiros em cerimônias vazias de conteúdo. Naturalmente, todos os sindicatos e mesmo os partidos políticos que já estiveram à esquerda seguem se dizendo “defensores dos trabalhadores” – se por “trabalhadores” compreendermos donos de bancos e jogadores da bolsa de valores...
      Cabe, novamente, enfatizar: aos donos do poder, pouco importa o discurso, desde que sua lucratividade esteja garantida.

      Neste sentido, vale a regra oposta àquela subseqüente ao mar de lama do primeiro mandato de Lula da Silva. Se naquele momento tudo de ilícito era permitido fazer e nada era permitido divulgar; no caso do controle bancário a regra é oposta: tudo se pode dizer ou escrever, desde que nada se faça a respeito. Até mesmo autoridades políticas governamentais, seja no Parlamento ou mesmo dentro da facção do Planalto podem dizer o que bem entenderem acerca do encaminhamento político. A proibição definitiva é uma só: não se pode mudar a política econômica ditada pelo crime organizado.

6. Facções criminosas invertendo equações

      A partir da lógica exposta, a facção criminosa do BACEN impede o crescimento econômico do Brasil e pratica uma forma extraordinariamente excêntrica de “redistribuição de renda”: dos trabalhadores para os parasitas.

      À facção do Planalto, coadjuvada pela do Congresso Nacional, cabe dizer precisamente o oposto da realidade – e tanto, e com tanta ênfase e repetição que a esmagadora maioria acredita mais na propaganda que na deterioração de sua vida real.
      “Estamos crescendo e distribuindo rendas como nuncaantesnestepaíz”. Quando o marionete dos banqueiros se dirige a platéias de trabalhadores e desempregados convence, persuade. Já não lhes importa lutar por honra, dignidade, trabalho honesto ou salário justo. Basta-lhes saber que há “um deles no poder fazendo o melhor que pode”. Seu limite de consciência possível não lhes permite perceber que esta ilusão não confere com os fatos e, desde que haja a esmola miserável para o número crescente de desempregados e desesperados, a que se aliam intelectuais e economistas venais, tudo vai bem no melhor dos mundos... 
Em síntese: o que o governo chama de “crime organizado”, com vozes estridentes a repeti-lo hipnoticamente em programas e propagandas sensacionalistas refere-se a jovens desesperados cometendo atrocidades terríveis por aí afora seguindo pequenos tiranetes que tentam em vão imitar os grandes criminosos...
      Estes pobres coitados têm todas as instâncias institucionais CONTRA eles. O verdadeiro crime organizado reúne-se em salas confortáveis e decide que limitações lhes devem ser impostas e em que crimes devem ser enquadrados. Não são tão “organizados” quanto querem nos fazer crer...
      O verdadeiro crime organizado no Brasil de hoje é este praticado pelos Bancos e seus representantes, no Planalto, no Congresso e no Judiciário.

      Enquanto o crime organizado estiver no poder não haverá esperança para a nossa e, pior ainda, as futuras gerações.

 Lázaro Curvêlo Chaves - 28/01/2007


http://www.culturabrasil.pro.br/brasilcontroladoporcriminosos.htm



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China inaugura a maior ponte sobre mar do mundo Estrutura levou quatro anos para ser construída e custou US$ 2,3 bilhões. Ponte de 36,4 km em Qingdao liga dois pontos de importante porto do país.


A China inaugurou nesta quinta-feira (30) a mais longa ponte sobre o mar do mundo, com 36,48 quilômetros, na cidade litorânea de Qingdao, informou a agência oficial "Xinhua".
A ponte, que teve investimento de US$ 2,3 bilhões e levou quatro anos para ser construída, liga o centro da cidade ao seu subúrbio de Huangdao, nos dois lados da baía de Jiazhou.
Com esta ponte, a distância entre os dois pontos de um dos principais portos da China - e sede das competições de vela nas Olimpíadas de 2008 - poderá ser percorrida com redução de 20 a 40 minutos.

Vista geral da ponte em Qingdao, na China, que tem 36,4 km de extensão e levou quatro anos para ser construída (Foto: China Daily / Reuters)


A nova ponte supera a da baía de Hangzhou, também no leste da China e que com 36 quilômetros era considerada a mais longa do mundo até hoje.
Há várias pontes sobre terra mais longas no mundo, sendo que as três primeiras também estão na China. A maior delas é um lance elevado do trem de alta velocidade Pequim-Xangai, de 164,8 quilômetros, serviço que também foi inaugurado hoje.
A leva de novas obras de infraestrutura chinesas se completou nesta quinta-feira com a inauguração do mais longo gasoduto do mundo, que levará o gás natural desde o Turcomenistão, na Ásia Central, até a China, em percurso de 8.700 quilômetros.
O gasoduto foi construído com investimento US$ 21,98 bilhões e é o segundo que levará gás natural da Ásia Central ao leste da China.
As inaugurações coincidem com o 90º aniversário do Partido Comunista da China, fundado em 1º de julho de 1921. A data será lembrada com atos comemorativos no Grande Palácio do Povo, em Pequim, e em muitas outras cidades do país asiático.



G1