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sábado, 13 de agosto de 2011

Comissão realiza painel sobre economia e finanças internacionais


Os espaços econômicos internacionais, como o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta), a União Européia e áreas de influência da China e do Japão serão debatidas em audiência publica na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) na próxima segunda-feira (15), às 18h. O tema integra um painel de debates que vem sendo promovido pela comissão sobre os rumos da política externa brasileira em 2011 e 2012.
Um dos debatedores convidados é o diplomata Marcílio Marques Moreira, que serviu como embaixador do Brasil nos Estados Unidos, entre 1986 e 1991, e exerceu vários cargos no âmbito da administração pública, como ministro da Fazenda em parte do governo Collor e presidente da Comissão de Ética Pública (2007-2008), durante o governo Lula.
Foram convidados ainda o professor da Universidade Estadual da Bahia, Edmilson de Jesus Costa Filho, que é doutor em Ciência Política; o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), Renato Flores, especialista, entre outros assuntos, em Comércio Internacional; e a professora da Universidade Federal Fluminense, Marta dos Reis Castilho, que é doutora em Economia Internacional pela Universidade da Sorbonne, em Paris.
A CRE é presidida pelo senador Fernando Collor (PTB-AL), autor do requerimento para a realização dos debates.


Paulo Sérgio Vasco / Agência Senado

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Para Alvaro Dias, o país precisa colocar o combate à corrupção em primeiro lugar




O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) fez um apelo em Plenário, nesta quinta-feira (11), aos parlamentares de todos os partidos para que elejam a corrupção como o inimigo nº 1 do Brasil. Em sua avaliação, o problema é o mais importante a ser enfrentado atualmente no país.
Citando dados da ONG Transparência Internacional, Alvaro Dias destacou o fato de o Brasil sempre ocupar lugar de destaque no ranking dos países mais corruptos, elaborado anualmente pela instituição.
Alvaro Dias informou que, de acordo com recente relatório da Transparência Internacional, 26% da movimentação de recursos ligados à corrupção em todo o mundo está localizada no Brasil. Segundo o senador, o prejuízo para o país, decorrente da corrupção, seria da ordem de R$ 70 bilhões anuais, o equivalente a 2,3% do Produto Interno Bruto brasileiro.
- Como não combater a corrupção? Como alguém pode afirmar não ser prioridade de um mandato parlamentar, especialmente na oposição? - indagou.
Alvaro Dias relatou ainda várias providências que estão sendo tomadas pelos partidos de oposição no Congresso Nacional, visando a criação de comissões parlamentares de inquérito para investigar denúncias de desvio de dinheiro público no Ministério dos Transportes, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

DA REDAÇÃO/AGÊNCIA SENADO

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Turbulência nos mercados faz Bovespa cair mais de 8%


Seguindo a tendência de forte queda dos mercados internacionais, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) caiu 8,08% nesta segunda-feira, fechando o dia abaixo dos 50 mil pontos. Esta foi a pior queda da Bovespa desde outubro de 2008, quando a crise do subprime estava no auge.
Durante o dia, o índice Ibovespa chegou a registrar baixa de 9%, deixando a bolsa perto de acionar o circuit break, mecânismo que interrompe automaticamente o pregão quando a queda chega a 10%.


Economia
Ao fim do dia, os negócios na Bovespa registraram 48,6 mil pontos.
Já o dólar subiu 1,96% e fechou o dia cotado a R$ 1,61, a primeira vez desde 24 de junho em que a moeda americana fechou acima de R$ 1,60.
Esta também foi a maior alta do dólar desde 6 de maio de 2010, quando a cotação subiu 2,95%.
A turbulência no mercado brasileiro faz parte do cenário de incertezas resultante do rebaixamento, na última sexta-feira, da nota da dívida dos Estados Unidos. A agência Standard & Poor’s rebaixou os títulos americanos de "AAA" para "AA+".
Além dos Estados Unidos, a Europa luta para deter o contágio da crise da dívida na zona do euro, depois que Grécia, Portugal e Irlanda receberam empréstimos da União Europeia e do FMI (Fundo Monetário Internacional).
O medo foi sentido nos mercados de todo o mundo. Em Nova York, o índice Dow Jones fechou em baixa de 5,5%, enquanto o índice Nasdaq, que reúne ações de empresas de alta tecnologia, caiu 6,9%.
Em Londres, a bolsa fechou em queda de 3,39%. Em Frankfurt, a baixa foi de 5,02%. O índice Nikkei, do Japão, caiu 2,4%, enquanto a bolsa da Coreia do Sul teve queda de 5%, e Hong Kong, de 4%.
Contágio
O rebaixamento dos títulos americanos foi criticado por autoridades de todo o mundo. No Brasil, a presidente Dilma Rousseff considerou "precipitada" a avaliação da agência.
"Podemos deixar claro que não compartilhamos com a avaliação um tanto quanto rápida e, diria, não correta da agência que diminui o grau de valorização de crédito dos Estados Unidos", disse.
Dilma afirmou ainda que é preciso ter clareza de que o Brasil não está imune à crise financeira internacional, mas tem condições de enfrentar o desafio.
"Temos clareza de que não somos imunes, não vivemos numa ilha, mas o Brasil tem força suficiente para fazer frente a essa conjuntura", disse.
Nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama tentou passar uma mensagem de confiança, dizendo que os problemas econômicos do país “têm solução iminente”.
Durante seu discurso, Obama minimizou a posição da agência Standard & Poor’s.
"Não precisamos de uma agência para nos dizer que temos de fazer. Os Estados Unidos sempre foram e sempre serão um país AAA", disse Obama, em referência à nota máxima de classificação.
G7 e G20
No fim de semana, o G7, grupo das sete maiores economias mundiais, anunciou que tomará todas as medidas necessárias para garantir estabilidade financeira diante da crise provocada pelas dívidas dos Estados Unidos e dos países da zona do euro.
Nesta segunda-feira, os países do G20, o bloco formado pelas principais economias mundiais e as mais importantes economias emergentes, se comprometeu a tomar ações para assegurar a estabilidade dos mercados e o crescimento econômico mundial.
Na Europa, o Banco Central europeu anunciou que irá comprar os títulos da dívida da Itália e da Espanha, na tentativa de deter o contágio da crise na zona do euro, que já levou a dois resgates da Grécia, um da Irlanda e um de Portugal.


BBC

Potencial de consumo da classe média é de R$ 1 trilhão, diz estudo Valor equivale a PIB de Argentina, Portugal, Uruguai e Paraguai juntos. Pesquisa sobre classe média ouviu 18 mil pessoas em 26 estados.


A classe média brasileira tem um potencial de consumo de R$ 1 trilhão por ano, valor equivalente ao Produto Interno Bruto (PIB) de Argentina, Portugal, Uruguai e Paraguai somados. O resultado é de uma pesquisa realizada pelo instituto Data Popular e que traçou um perfil da nova classe média do país.
O estudo ouviu 18 mil pessoas em 26 estados e está sendo apresentado nesta segunda-feira (8) durante um fórum que acontece em Brasília e é organizado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República.

De acordo com o responsável pela pesquisa, Renato Meirelles, o potencial de consumo engloba, além da renda, os benefícios, como 13º salário e férias, além do crédito a que as pessoas da classe C têm acesso.A classe média cresceu em todas as regiões do país. Meirelles aponta que a maior alta foi vista no Nordeste, de 50%, a maior evolução verificada no país desde 2004. O menor crescimento foi na região Sul, com 17% no período.

A pesquisa identificou que a classe C gasta a maior parte de sua renda (23,16%) com serviços. Alimentos e bebidas (18,49%) vem em segundo lugar. Na terceira posição estão os gastos com saúde e beleza (8,32%).

O estudo também apontou que a classe média lidera em número de universitários, de crianças em escolas particulares e pessoas com acesso à internet.

Segundo Meirelles, 68% dos jovens da classe média estudaram mais do que seus pais. E a diferença de renda entre os jovens da classe média e os da classe A é de apenas 2%, resultado das políticas de universalização de acesso ao estudo.Perfil
Cerca de 104 milhões de brasileiros, de uma população total de 193 milhões, compõem esta nova classe média. Destes, 51% são mulheres e, 48%, pretos e pardos. A renda domiciliar média deste grupo é de R$ 2.295.
O estudo verificou que 59,1% dessas pessoas possuem cartão de crédito e 52,7% têm conta em banco. Quando questionados se dispõem de computador em casa, 52,5% responderam que sim. E 57,6% disseram que acessam a internet.
A classe C tem 36 milhões de pessoas que participam de redes sociais – nas classes A e B, juntas, são 13 milhões. Cerca de 80% da classe média espera um futuro melhor. O otimismo é maior entre os moradores do nordeste (89%) e norte (88%). O menor percentual está no sul, com 75%.

Fábio AmatoDo G1, em Brasíli

domingo, 7 de agosto de 2011

Financiamento de imóveis está bombando




Os preços dos imóveis estão nas alturas. Mas o povo segue comprando. E financiando a compra, claro.
Hoje, a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) divulgou que os recursos concedidos pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) para financiamento imobiliário chegaram a R$ 37 bilhões de janeiro a junho.
Uma alta de 55% sobre o mesmo período de 2010. Foi um recorde.
Nos seis primeiros meses do ano foram financiados 236,5 mil imóveis pelo SBPE.
Ainda de acordo com a Abecip, o valor dos imóveis financiados em junho somou R$ 7,78 bilhões. Isso representa um aumento de 48% em relação a um ano antes.
A expectativa da Abecip é que, em 2011, o volume de financiamentos concedidos com recursos da poupança chegue a R$ 85 bilhões. Se esta previsão se concretizar, será um crescimento de 51% em relação ao ano passado, quando foram concedidos R$ 56,2 bilhões.
Será que vai acontecer? Acho melhor perguntar a Herculano Quintanilha.

 Tatiana Nascimento