Através do setor privado, que por meio dos empreendedores, geram novos empregos e melhoram o padrão de vida da sociedade, cabe aos economistas identificar estes novos mercados por meio de pesquisas científicas, para que possa incentivar o setor privado, de acordo com Schumpeter (1988, p. 47):
Entenderemos por “desenvolvimento”, portanto, apenas as mudanças da vida econômica que não lhe forem impostas de fora, mas que surjam de dentro, por sua própria iniciativa. Se concluir que não há tais mudanças emergindo na própria esfera econômica, e que o fenômeno que chamamos de desenvolvimento econômico é na prática baseado no fato de que os dados mudam e que a economia se adapta continuamente a eles, então diríamos que não há nenhum desenvolvimento econômico. Pretenderíamos, com isso, dizer que o desenvolvimento econômico não é um fenômeno a ser explicado economicamente, mas que a economia, em si mesma sem desenvolvimento, é arrastada pelas mudanças do mundo a sua volta, e que as causas e, portanto, a explicação do desenvolvimento deve ser procurada fora do grupo de fatos que são descritos pela teoria econômica.
Mas para que o desenvolvimento ocorra tem que haver o capital que pode ser adquirido por incentivo do governo ou do setor financeiro, e o trabalho através da força de trabalho que troca seus serviços por salários, que através destes salários as famílias compram produtos manufaturados das empresas e assim se forma a economia, com seu fluxo circular de renda que é quando as famílias vendem seus serviços em troca de salários, que através dos mesmos compram produtos manufaturados das empresas. Segundo Marx (1988), o trabalho gera valor conforme exemplo:
Por exemplo, para fazer o fio com certos meios de produção, tais como máquinas, algodão e acessórios, é realizado um trabalho na fiação. Na medida em que esse trabalho é socialmente necessário, ele gera valor (MARX, 1988, p. 29).
As empresas procuram acompanhar a evolução tecnológica com investimentos contínuos em máquinas e pessoas qualificadas visando sempre à minimização de seus custos e a maximização de seus lucros, Marx (1988, p. 29), acrescenta:
Permanece, todavia o problema de que o capitalista parece ter incluído no preço de custo o trabalho fornecido. Porque, ao lado do valor das máquinas, do prédio, das matérias-primas e acessórios, o salário figura igualmente nos custos de fabricação... E esse salário é pago efetivamente pelo trabalho fornecido. Parece, pois, que todos os valores existentes após a produção já existiam antes dela.
O crescimento de uma empresa é de fundamental importância para uma sociedade, pois gera mais emprego e aumenta também o poder aquisitivo dos indivíduos, consequentemente o consumo faz com que o fluxo circular de renda seja igualitário a todos dependente do seu nível social, seja pelas empresas ou pelas famílias, pois todos poderão suprir suas necessidades de acordo com suas rendas. As empresas procuram sempre reinvestir seus lucros para que possam aumentar seus ativos e seu poder de competitividade no mercado procurando sempre maximizar seus lucros e minimizar seus custos. São as empresas que movem a economia, sem elas não existiriam empregos e nem receita para o estado, Schumpeter (1988, p.10) diz:
Por isso, delinearemos as características principais de uma imagem mental do mecanismo econômico. E, para isso, pensaremos primeiramente num Estado organizado comercialmente, no qual vigorem a propriedade privada, a divisão do trabalho e a livre concorrência.
Só que a força de trabalho, nos dias contemporâneos, necessita de qualificações profissionais que podem ser encontradas no SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), que oferecem diversos cursos técnicos, inclusive o de mecânica de manutenção de motocicleta que, nos dias atuais, necessita de estudos teóricos, pois seus equipamentos são todos informatizados.
2.1 Aprendizagem industrial
Aprendizagem Industrial está ligada às origens do SENAI. Hoje, revitalizada e adequada às novas necessidades do mercado de trabalho, a modalidade também ganhou em flexibilidade e eficácia. Uma das alternativas criadas é tão importante à indústria quanto à sociedade, a aprendizagem na empresa promovida nos locais em que não exista escola, curso ou vaga para atender à demanda das indústrias, pois Shumpter, (1988, p.90), diz que:
Mas a introdução de negócios de larga escala é difícil. Em nossas proposições todas as condições necessárias está faltando trabalhadores, pessoal treinado, condições necessárias de mercado.
Pois o mercado esta cada vez mais exigente através de suas novas tecnologias e a aprendizagem na indústria adéqua à força de trabalho as necessidades do mercado, pois mesmo onde não haja escola nem cursos ela capacita o quadro de funcionários na empresa.
2.2 Aprendizagem na empresa
A aprendizagem na empresa é resultado de uma parceria na quais ambos - SENAI e empresa - têm responsabilidades e atribuições bem definidas e negociadas. Criteriosamente planejadas, acompanhadas, controladas e auditadas, os cursos de aprendizagem na empresa representam a possibilidade de unir o cumprimento às leis, o exercício da responsabilidade social e o treinamento de futuros trabalhadores (SENAI, 2010).
Com a capacitação profissional da força de trabalho, vinculada ao dinamismo dos pequenos empreendedores que também podem se qualificar, por meio de cursos técnicos ou até mesmo por cursos de nível superior, promovidos por instituições acadêmicas, para que assim possam se qualificar e por meio destes conhecimentos, todos que formam a cadeia do ciclo econômico possam melhorar seus padrões sociais e seus níveis de renda e assim à sociedade como um todo, possa ter uma estabilidade financeira, que garanta seu sustento familiar, de acordo com Keynes, (1982, p. 57), a renda empresarial é vista pelo conceito:
Dentro de determinado período, um empresário terá vendido produtos a consumidores ou a outros empresários por uma importância que designaremos A. Ele terá, também, gasto certa soma que será designada A, para comprar artigos acabados de outros empresários. Terá ao final, um equipamento de capital que inclui tanto seus estoques de bens não acabados ou capital circulante, como seus estoques de bens acabados, como o valor de G.
Entretanto, certa parte de A+G-A, não deve ser atribuída às atividades do período em questão, e sim ao equipamento de capital que o empresário possuía no início do período. Portanto, a fim de chegar ao nosso conceito de renda do período corrente, temos de deduzir de A+G-A, certo montante que é de certa forma, devido ao equipamento herdado do período anterior.
Para que o crescimento das empresas ocorra, elas precisam acompanhar as inovações do mercado para que possam obter lucros contínuos, pois sem os mesmos não é possível manter seu desenvolvimento, para que todos que formam o fluxo circular de renda possam ter uma estabilidade financeira.
Autor:Wagner Sousa