O Comitê de Política Monetária (Copom) decide nesta quarta-feira um possível novo ajuste na taxa básica de juros (Selic), que está em 11,50% ao ano desde o dia 19 de outubro. Na última reunião de 2011, a expectativa dos analistas financeiros da iniciativa privada é de redução para 11% ao ano, o que seria a terceira queda consecutiva.
Neste ano, o Copom fez cinco elevações seguidas da Selic, até atingir 12,5% no dia 20 de julho. De lá para cá, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) começou a perder força, o que permitiu ao BC mudar os rumos da política monetária e promover duas reduções de 0,5 ponto percentual cada, nas reuniões do fim de agosto e meados de outubro.
No entanto, a possibilidade de queda na Selic terá pouco impacto nas operações de crédito, segundo avaliação da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Caso se confirme a expectativa da Anefac e de analistas do mercado financeiro de redução de 0,5 ponto percentual, a taxa de juros do crédito pessoal oferecido pelos bancos cairia de 65,92% ao ano para 65,16%.
Segundo a Anefac, não há muita alteração para os consumidores porque "existe um deslocamento muito grande entre a taxa Selic e as taxas de juros cobradas aos consumidores que, na média da pessoa física, atingem 115,2% ao ano, provocando uma variação de mais de 900% entre as duas pontas".
No caso da compra de uma geladeira, por exemplo, com preço à vista de R$ 1,5 mil, se financiada em 12 meses, a redução no total pago seria apenas R$ 4,64. A taxa de juros desse financiamento passaria de 5,44% para 5,4% ao mês e o valor total da compra financiada cairia de R$ 2.081,56 para R$ 2.076,93.
Com informações da Agência Brasil.
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