TRADUTOR

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Inflação oficial acelera para 0,57% em setembro e é a maior para o mês em nove anos

A inflação oficial do País, calculada pelo do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), subiu em ritmo maior em setembro e registrou variação de 0,57%, a maior para o mês em nove anos, segundo informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (5).Em 2003, o índice registrado em setembro foi de 0,78%.A alimentação foi a grande vilã do bolso do consumidor em setembro, sendo responsável pela maior alta, de 1,26%. A aceleração do IPCA foi de 0,16 ponto percentual em relação a agosto, quando o índice foi de 0,41%. Na comparação com setembro do ano passado, a taxa era de 0,53%. No acumulado do ano, ou seja, de janeiro a setembro, a inflação é de 3,77%, abaixo dos 4,97% referentes ao mesmo período de 2011. Já nos últimos 12 meses, o índice acumulado é de 5,28%. O tomate, até então o carro-chefe das altas dos preços nos últimos meses, reverteu a tendência de aumento. Porém, outros alimentos influenciaram o índice, sendo que o principal foram as carnes. Com os preços elevados em 2,27%, exerceram o maior impacto no IPCA. Produtos básicos da alimentação como o arroz, subiram 8,21%, em média. O preço do pãozinho também ficou mais salgado (3,17%), assim como o frango (4,66%). As principais altas foram a da batata inglesa (21,61%), da cebola (16,81%) e da mandioca (11,26%).

Mais influências
Além de alimentação e bebidas, outros sete grupos apresentaram alta nos preços —  a única exceção foi o ramo de transportes, com queda de 0,08%. O aumento do custo das tarifas de energia elétrica e do aluguel residencial pressionou o grupo habitação, que acelerou de 0,22% para 0,71% em setembro.
Os gastos pessoais também apresentaram elevação, de 0,42% em agosto para 0,73% em setembro, provocada pelas despesas maiores com recreação (de –0,54% para 0,79%) e dos empregados domésticos (de 1,11% para 1,24%).
Roupas e calçados exigiram mais dinheiro da carteira do brasileiro em setembro uma vez que a coleção primavera-verão chegou às lojas. Com isso, a inflação passou de 0,19% para 0,89%.
Artigos de residência subiram em ritmo menor, de 0,40% em agosto para 0,18% em setembro. As despesas com saúde e cuidados pessoais também desaceleraram, de 0,53% em agosto para 0,32% em setembro, sobretudo pelos preços dos remédios, que praticamente não subiram (variação de 0,48% para 0,03% em setembro).
Educação passou de uma variação de 0,51% para 0,10%. Já as despesas com comunicação saíram de uma deflação de 0,01% para aceleração de 0,03%.
Já a queda nos transportes tem como responsáveis os carros usados (de 0,15% para -1,62%), o conserto de automóveis (de 0,67% para –0,55%) e a gasolina (de –0,09% para –0,13%).

R7


gráfico inflação IPCA setembro 2012

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Mercado reduz expansão do PIB a 2,30% e Selic a 7,50% em 2012

 
 
Reuters
Diante da dificuldade que a economia brasileira vem mostrando em deslanchar e dos dados fracos de atividade, o mercado reduziu a projeção sobre a Selic neste ano e cortou pela sexta semana seguida a perspectiva para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB).
De acordo com relatório Focus do Banco Central divulgado nesta segunda-feira (18), analistas agora preveem que a taxa básica de juros do país terminará 2012 em 7,50%, depois de cinco semanas estimando 8%.
Para o PIB, o mercado reduziu a previsão de crescimento de 2,53% para 2,30%. Com isso, os agentes econômicos continuam estimando que o crescimento em 2012 ficará abaixo do já fraco desempenho do ano passado, quando a expansão foi de apenas 2,7%.
Para 2013, as previsões agoram apontam para um PIB crescendo 4,25%, depois dos 4,30% da semana anterior. Já para a Selic no período, o mercado não mudou suas contas, prevendo a taxa encerrando o ano a 9%.
Diante do ritmo lento da atividade no Brasil, a equipe econômica já abandonou a previsão inicial de crescimento de 4,5% do PIB para este ano e fala em algo em torno de 3%.
O PIB cresceu apenas 0,2% no primeiro trimestre do ano comparado com os últimos três meses de 2011, mostrando que a economia brasileira ainda patinava. O pior cenário é na indústria, cuja produção registrou a segunda queda seguida em abril, ao recuar 0,2% frente a março.
Com isso, o governo tem se esforçado para fazer a atividade econômica no país voltar a crescer com mais vigor, adotando novas medidas de incentivo. A última foi dada na semana passada, quando anunciou uma linha de crédito de R$ 20 bilhões para que os Estados possam realizar investimentos em infraestrutura.
O BC, por sua vez, também tenta ajudar nessa recuperação, ao ter reduzido a Selic em 4 pontos percentuais desde agosto passado, para a mínima recorde de 8,50% ao ano atualmente.
A ata da última reunião do Copom mostrou que a autoridade monetária continuou indicando que deve fazer novos cortes na taxa básica de juros do país com "parcimônia."
Inflação
Diante de sinais de arrefecimento da inflação nas últimas semanas, o mercado continuou reduzindo suas estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no final deste ano, que passou de 5,03% para 5%. Para 2013, a expectativa foi cortada de 5,60% a 5,54%.
Na sexta-feira, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) desacelerou em junho para 0,73%, ante alta de 1,01% no mês passado.
Outro sinal de perda de força dos preços foi o IPCA de maio, cuja alta desacelerou a 0,36% em maio, após subir 0,64% em abril.
Ainda segundo o Focus, a taxa de câmbio prevista pelo mercado para o fim de 2012 agora é de R$ 1,95 por dólar, frente a R$ 1,90 por dólar na semana passada.

O documento

IPCA para 2012 cai de 5,03% para 5%, segundo Focus

 
 
O mercado financeiro reduziu mais uma vez a projeção de alta do IPCA em 2012. Nesta semana, a mediana das expectativas para a inflação oficial neste ano recuou de 5,03% para 5,00%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na manhã desta segunda-feira pelo Banco Central. Há quatro semanas, a estimativa para a inflação oficial era de 5,21%. Com o movimento, o número se aproxima cada vez mais do centro da meta de inflação, que prevê IPCA de 4,50%, com margem de dois pontos para cima ou para baixo.
Para 2013, após três semanas sem alteração, a projeção caiu de 5,60% para 5,54%. Há um mês, estava em 5,60%.

A projeção de alta da inflação para os próximos 12 meses seguiu a mesma tendência e caiu de 5,50% para 5,49%, conforme a projeção suavizada para o IPCA. Há quatro semanas, estava em 5,51%.

Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, as previsões para o IPCA não mudaram. Para 2012 no cenário de médio prazo, o número seguiu em 5,02%. Para 2013, a previsão dos cinco analistas manteve-se em 5,50%. Há um mês, o grupo apostava em altas de 5,22% e 5,80% para cada ano, respectivamente.

Entre todos os analistas ouvidos pelo BC, a mediana das estimativas para o IPCA em junho de 2012 recuou de 0,23% para 0,21%, abaixo do 0,28% previsto há um mês. Para julho, a expectativa seguiu em 0,20%, ante 0,23% de quatro semanas atrás.


ESTADÃO

terça-feira, 22 de maio de 2012

Decretos que reduzem IPI de carros e IOF sobre crédito são publicados

Alexandro Martello Do G1, em Brasília




Foi publicado nesta terça-feira (22) no "Diário Oficial da União" o decreto que reduz o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para a compra de carros. Também foi publicado nesta terça o decreto que trata da diminuição do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para todas as operações de crédito de pessoas físicas.
O pacote de medidas para estimular o crédito no país foi anunciado nesta segunda-feira (21) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. A redução do IPI vale até 31 de agosto.
O objetivo é estimular a atividade econômica. "Estamos diante do agravamento da crise financeira internacional. E isto está trazendo problemas para os emergentes como um todo. Exige esforços redobrados para manter a taxa de crescimento em um patamar razoável (...) O governo tem de tomar medidas de estímulo para combater as consequências dos problemas trazidos pela crise financeira internacional", afirmou Mantega. Segundo ele, a renúncia fiscal das desonerações anunciadas (valor que o governo deixará de arrecadar) é de R$ 2,1 bilhões em três meses.
De acordo com o Banco Central, o nível de atividade econômica do país registrou queda pelo terceiro mês seguido, de 0,35%, em março deste ano, na comparação com o mês anterior. Com isso, o Índice de Atividade Econômica do BC, o IBC-Br, que é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do PIB pela autoridade monetária, fechou o primeiro trimestre de 2012 com alta de 0,15% ante o trimestre anterior. Isso mostra desaceleração frente ao crescimento de 0,19% do terceiro para o quarto trimestre do ano passado.
arte medidas governo crédito (Foto: Editoria de Arte/G1)
IPI de automóveis
Para a aquisição de automóveis, as empresas que estão instaladas no Brasil terão seu IPI para carros de até mil cilindradas (1.0) será reduzido de 7% para zero até o fim de agosto deste ano. Para carros importados de fora do Mercosul e México, a alíquota cairá de 37% para 30%.
Para veículos de mil cilindradas (1.0) a duas mil cilindradas (2.0), a alíquota para carros a álcool e "flex" (álcool e gasolina), para empresas instaladas no Brasil, será reduzida de 11% para 5,5%. Para os carros importados, a alíquota será reduzida de 41% para 35,5%. Já para carros a gasolina de mil a duas mil cilindradas, o IPI cairá de 13% para 6,5% para carros produzidos no Brasil e de 43% para 36,5% para veículos de fora do Mercosul e México. No caso dos utilitários, a alíquota será reduzida de 4% para 1% (empresas instaladas no país) e, para carros importados, cairá de 34% para 31%.
Segundo Mantega, o setor privado se comprometeu a dar descontos sobre as tabelas em vigor. Segundo ele, os desconto será de 2,5% para carros de até mil cilindradas, de 1,5% para automóveis de mil a duas mil cilindradas e de 1% para utilitários e comerciais. O objetivo das medidas é reduzir, segundo Mantega, o custo dos carros em aproximadamente 10% nas revendedoras.
"Para o setor automotivo, estamos implementando as medidas financeiras. Os bancos privados e públicos se comprometeram em aumentar o volume de crédito; aumentar o número de parcelas. O financiamento terá mais parcelas, e também se comprometeram em reduzir a entrada para aquisição do bem, além de realizar redução do custo financeiro, ou dos juros do empréstimo", afirmou Mantega.
Alta da inadimplência
Dados do BC mostram que, em março, a inadimplência para compra de veículos, que registra atrasos superiores a 90 dias, atingiu a marca de 5,7%, o maior valor de toda a série histórica, que começa em junho de 2000. Em fevereiro deste ano, a inadimplência destas operações estava em 5,5%. Com isso, os bancos puxaram o freio na concessão de novos financiamentos neste ano. 
"As medidas anunciadas, sem dúvida, atendem à demanda do setor. A indústria está com estoques muito altos", afirmou o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, após o anúncio.
Liberação de compulsórios para carros
Além de baixar o IPI para compra de veículos e de reduzir do IOF sobre todas as operações de crédito para pessoas físicas, o governo também anunciou a liberação de parte dos depósitos compulsórios (recursos ficam retidos no BC para controlar a inflação) para estimular o crédito para a aquisição de veículos. 
"O BC vai liberar compulsório para viabilizar um volume maior de crédito nessas atividades e para reduzir o custo do crédito. Vai reduzir o compulsório para esta carteira de financiamento, para aumentar o volume do crédito e baixar o custo", declarou Mantega.
Nesta segunda, o Banco Central informou que foi aprovada uma circular que altera a regra dos depósitos compulsórios (que ficam retidos no BC para controlar a inflação) sobre recursos a prazo, permitindo que as instituições financeiras utilizem aproximadamente R$ 18 bilhões a mais para a realização de novas operações de crédito para financiamento de automóveis e de veículos comerciais leves. Esse montante representa, ainda de acordo com a autoridade monetária, cerca de 10% do total de crédito concedido ao segmento.
Linhas de crédito para investimentos
Para novos investimentos das empresas, o ministro Mantega informou que as linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) serão menores. O financiamento para pré-embarque de exportações, por exemplo, passará de 9% para 8% ao ano. Para compras de ônibus e caminhões, está sendo reduzida de 7,7% para 5,5% e, para compra de máquinas e equipamentos para produção, os juros estão caindo de 7,3% para 5,5% ao ano. No caso do Proengenharia, a taxa passou de 6,5% para 5,5% ao ano.


terça-feira, 15 de maio de 2012

Prefeitos cobram Dilma, que é vaiada ao falar de royalties



A presidente Dilma Rousseff ouviu nesta terça-feira duras cobranças de prefeitos que foram a Brasília pedir um "novo pacto federativo" e chegou a ser vaiada ao contrariar, em discurso, o pleito da plateia para modificação das regras de distribuição dos royalties do petróleo.
Dilma, que pediu aos prefeitos que fossem "estadistas" e pensassem no país, reconheceu que há desajustes no modelo tributário vigente e afirmou que seu governo decidiu agir de forma "específica", depois do fracasso de tentativas anteriores de se fazer uma reforma tributária ampla. Ela citou especificamente a taxas que incidem sobre insumos básicos.

"Eu acho que de fato existe uma distribuição e uma tributação inadequada no Brasil... Se a gente for ver que nós tributamos insumos fundamentais, por exemplo, para o desenvolvimento do país. Eu não conheço muitos países que tributam energia elétrica, nós tributamos", afirmou a presidente durante abertura da 15a Marcha a Brasília, que reuniu mais de 3 mil prefeitos.

A fala fez parte de uma nova menção da presidente de que a carga tributária é um dos três entraves imediatos para o crescimento do país -os outros dois são taxas de juros finais altas e câmbio sobrevalorizado.

A presidente citou como passo importante da mudança tributária no país a aprovação da Resolução 72 pelo Congresso, que unifica a alíquota de ICMS de produtos importados.

"Todos nós sabemos como foi difícil aprovar a 72, por quase um milímetro nós não aprovamos a 72. E a 72 é uma das coisas mais absurdas que o país praticava, incentivo à importação contra a produção local. Era como se o país estivesse valorizando o trabalho dos chineses", disse ela.

Pouco antes, em discurso, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkosky, listou uma série de demandas dos prefeitos e fez duras críticas ao governo federal e também ao Congresso, que aprova gastos que sobrecarregam as cidades, segundo ele. Como exemplo, citou a "proliferação dos pisos", como o do magistério e de carreiras na área da saúde.

"Nenhum prefeito é contra o piso, mas precisa ser um piso que possamos cumprir", disse Ziulkosky.
Ele listou ainda a demora nos repasse dos restos a pagar, o não-pagamento da dívida da União com os municípios e a divisão desigual dos royalties do petróleo e chegou a dizer que a relação entre cidades e União "não é de parceria", mas "de montaria".

"O que aquele município fez para ter aquele petróleo? Ninguém está mexendo em contrato. Queremos honrar todos os contratos, o que estamos discutindo é a apropriação do produto do contrato", declarou.

A resposta de Dilma veio ao final do evento. A plateia pediu que ela comentasse o tema e ela avisou que eles "não iam gostar" do que ela falaria.

"Não acreditem que vocês conseguirão resolver a distribuição (dos royalties) de hoje para trás. Lutem pela distribuição de hoje para frente", disse Dilma, que acabou sendo vaiada.

Já ao defender que se estude as causas que levam os prefeitos a serem enquadrados da Lei de Responsabilidade Fiscal, por não terem recursos municipais para cumprir com todas as exigências legais, Dilma foi aplaudida.

Segundo o presidente da Frente Nacional dos Prefeitos, João Coser, "ser prefeito hoje é quase um gesto heroico".

Dilma anunciou a distribuição de retroescavadeiras para municípios com até 50 mil habitantes ainda neste ano e voltou a falar sobre o compromisso de seu governo com a primeira infância, citando programa social para esta faixa etária que foi lançado na segunda-feira e prevê abertura de novas vagas em creches para crianças carentes.

Por Ana Flor

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Juros podem até cair, mas em ritmo menor,Cortes virão com parcimônia, potencialmente com recuos de 0,25 ponto porcentual



A ata do encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), realizado na semana passada e divulgada nesta quinta-feira, sacramentou a extensão da queda dos juros básicos da economia e retirou o compromisso em manter o tabelamento da Selic ligeiramente acima do mínimo histórico. A taxa está hoje em 9% ao ano. Mas os cortes virão com parcimônia, potencialmente com recuos de 0,25 ponto porcentual, embora existam divergências quanto à dosagem. Essa é a interpretação de três fontes - um economista, um operador e um executivo do mercado financeiro que já acompanhou de perto as decisões do colegiado em gestões anteriores.

O Banco Central avisou na ata que uma queda adicional da taxa básica de juros (Selic) deve ser conduzida com "parcimônia". No encontro da semana passada, o Comitê reduziu a Selic em 0,75 ponto porcentual, de 9,75% para 9%. "Mesmo considerando que a recuperação da atividade vem ocorrendo mais lentamente do que se antecipava, o Copom entende que, dados os efeitos cumulativos e defasados das ações de política implementadas até o momento, qualquer movimento de flexibilização monetária adicional deve ser conduzido com parcimônia", diz o documento.

"Parcimônia quer dizer 0,25 ponto porcentual (pp). Moderado é 0,50 pp", comentou a fonte que já esteve próxima das decisões do Copom em uma gestão anterior à do atual presidente do BC, Alexandre Tombini. Essa fonte vê uma sequência de 0,25 pp de cortes da Selic.

"O Bacen sacramentou a extensão da queda dos juros. Mas mantemos nosso cenário de corte de 0,50 ponto porcentual para o encontro de maio", disse o economista-chefe da Prosper, Eduardo Velho, por meio do sistema de mensagem eletrônica AE Chat, da plataforma de notícias AE BroadCast.

"Análise crua indica movimentos de 0,25 ponto porcentual. Entre zero e dois cortes, dependendo dos dados", comentou um operador de uma grande seguradora estrangeira que atua no segmento de DIs na BM&FBovespa.

Riscos

Na ata, o Banco Central alertou que continuam elevados os riscos associados ao processo de "desalavancagem" dos bancos, das famílias e dos governos nos principais blocos econômicos. De acordo com o documento, o Copom avalia que a desaceleração da economia brasileira no segundo semestre do ano passado foi maior do que se antecipava e que eventos recentes indicam postergação de uma solução definitiva para a crise financeira europeia. "Esses e outros elementos, portanto, compõem um ambiente econômico em que prevalece o nível de incerteza muito acima do usual", diz a ata.

Na avaliação dos integrantes do Copom, o cenário prospectivo para a inflação, desde sua última reunião, manteve sinais favoráveis. O Comitê ressalta também que, no cenário central com que trabalha, a taxa de inflação posiciona-se em torno da meta em 2012, de 4,5%.

Da Agência Estado

terça-feira, 27 de março de 2012

Mantega anuncia prorrogação de IPI menor para linha branca Redução do IPI terminaria no final deste mês.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta segunda-feira (26) que a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre os produtos da linha branca – como geladeiras, fogões e máquinas de lavar – será prorrogada até junho. A medida, anunciada em dezembro de 2011, valeria apenas até o final deste mês.
"A contrapartida da indústria é a manutenção do emprego. Não pode haver demissões de trabalhadores nestes setores", afirmou Mantega.
No caso do fogão, a alíquota do tributo passou, em dezembro, de 4% para zero. Para a aquisição de geladeiras, o tributo foi reduzido de 15% para 5% e, para as máquinas de lavar, passou de 20% para 10%. Para tanquinhos, o IPI recuou de 10% para zero. Os produtos beneficiados são aqueles com selo "A" de qualidade energética.
Há duas semanas, no entanto, Mantega havia indicado que o IPI reduzido não deveria ser prorrogado. Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, o ministro chegou a recomendar que os consumidores que desejassem adquirir produtos da linha branca o fizessem até o fim deste mês. "Dura até o fim do mês [o IPI reduzido]. Quem tiver que comprar, vá comprar", disse ele na ocasião.
Móveis, laminados, luminárias e lustres
Além da prorrogação do IPI menor para a linha branca, Mantega também anunciou que serão reduzidas as alíquotas do imposto incidentes sobre toda a linha de móveis, de 5% para 0; de laminados (pisos), de 15% para 0; papel de parede, de 20% para 10%; e de luminárias e lustres, de 15% para 5%.
De acordo com o ministro, as novas desonerações, válidas também até o final de junho, deverão ser publicadas em edição extra do Diário Oficial ainda nesta segunda-feira e entram em vigor no mesmo dia.
De acordo com o ministro, o setor de móveis, que não tinha se beneficiado da desoneração concedida à linha branca, estava “reclamando um pouco”. "Os consumidores poderão aproveitar os preços menores que eu espero que as empresas estejam praticando", disse.
A expectativa do ministro é que a prorrogação da desoneração da linha branca, mais as novas medidas, representem uma renúncia fiscal de R$ 489 milhões.
Com a prorrogação do IPI reduzido para a linha branca, Mantega espera, inclusive mais contratações. "O setor vai continuar produzindo mais. Teve uma boa demanda nesses três primeiros meses, e eu espero que isso continue nesses próximos três meses, de modo que haverá manutenção do emprego e eu espero que eles empreguem mais trabalhadores", disse.
"Esses setores todos estarão estimulados a manter a mão de obra, portanto não deve haver nenhuma dispensa de trabalhadores e até dever haver novas contratações, porque as encomendas devem aumentar", disse.
Sobre os novos setores escolhidos para uma desoneração, Mantega disse que o governo tem priorizado os setores que perderam dinamismo, tiveram redução de vendas, e aqueles que "têm impacto importante na produção e no emprego" e gerem um "efeito multiplicador na indústria".



Empresários e Dilma
Na última quinta-feira (22), a presidente Dilma Rousseff se reuniu no Palácio do Planalto com um grupo de 28 dos maiores empresários e banqueiros do país para um encontro com a finalidade de discutir o investimento da indústria no setor produtivo do país.
Mantega disse que, durante a reunião, empresários e governo trataram de “desafios” que o país enfrenta para continuar crescendo num cenário de crise econômica internacional e aumento da concorrência externa sofrida pelas empresas nacionais.
De acordo com o ministro, os empresários apontaram o câmbio (valorização do real frente a dólar, que tira a competitividade dos produtos brasileiros), alta carga tributária e a infraestrutura deficiente como três dos grandes problemas a serem enfrentados para evitar o processo de desindustrialização do país, já anunciado pelo governo.
Histórico
A redução do IPI para a linha branca já tinha sido feita em 2008, na primeira etapa da crise financeira e, posteriormente, foi revertida. Em dezembro de 2011, foi novamente implementada, como parte de um pacote de medidas para estimular os empréstimos dos bancos para a população e, consequentemente, aumentar o consumo das famílias, em meio à desaceleração da economia brasileira devido à crise financeira internacional.
O varejo já vinha pedindo ao Ministério da Fazenda a prorrogação da redução do IPI . O Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) defende que o governo estenda a medida por mais nove meses, até o final de 2012, de forma a garantir a manutenção do atual nível de vendas e estimular a indústria.

Darlan Alvarenga Do G1, em São Paulo

segunda-feira, 12 de março de 2012

Diferença entre exportações e importações dos sete dias úteis de março é positiva em US$ 260 milhões





Brasília – A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 260 milhões nos sete dias úteis das duas primeiras semanas de março, segundo dados divulgados hoje (12) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O saldo positivo é resultado das exportações de US$ 6,527 bilhões e importações de US$ 6,257 bilhões.
A média diária de embarques externos de março ficou em US$ 931 milhões. Nas compras internas, a média diária registrada ficou em US$ 893,9 milhões.
Quando comparado ao mesmo período de 2011, os embarques externos aumentaram 1,4%, e as importações avançaram 5,8%. No acumulado do ano, as exportações somam US$ 40,686 bilhões e as importações registram US$ 40,003 bilhões. O superávit se mantém positivo em US$ 683 milhões.
As exportações melhoraram por conta do aumento de vendas de produtos básicos (+5,7%), principalmente algodão em bruto, petróleo em bruto, carnes de frango e suína. Em contrapartida, houve queda nas exportações de semimanufaturados (-3,8%) e manufaturados (-2,9%).
Do lado das importações, aumentaram, principalmente, as compras de adubos e fertilizantes (+63,1%), instrumentos de ótica e precisão (+22,3%), produtos farmacêuticos (+22,0%), químicos orgânicos e inorgânicos (+17,9%), siderúrgicos (+13,2%), borracha e obras (+9,5%) e equipamentos mecânicos (+8,1%).

Luciene Cruz
Repórter da Agência Brasil

Edição: Lana Cristina

quinta-feira, 8 de março de 2012

Copom acelera ritmo de corte e juro cai para 9,75% ao ano, em um dígito



O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reuniu nesta quarta-feira (7) e decidiu baixar a taxa básica de juros da economia brasileira de 10,5% ao ano para 9,75% ao ano, um corte de 0,75 ponto percentual. Trata-se da maior redução de juros desde junho de 2009.
Com a decisão, a autoridade monetária acelerou o processo de redução da taxa Selic, iniciado em agosto do ano passado. Desde aquele mês, os juros haviam recuado em quatro reuniões consecutivas, na intensidade de 0,5 ponto percentual por encontro. A redução desta semana foi a quinta seguida, baixando os juros ao menor patamar desde meados de 2010.

Sem unanimidade
A decisão, porém, não foi unânime. Cinco diretores votaram pelo corte de 0,75 ponto percentual, mas outros dois integrantes do Copom queriam uma redução menor, de 0,5 ponto percentual.

Ao fim do encontro, o BC divulgou a seguinte frase: "Dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, o Copom decidiu reduzir a taxa Selic para 9,75% a.a., sem viés, por cinco votos a favor e dois votos pela redução da taxa Selic em 0,5 p.p".

Expectativa do mercado
A definição do Banco Central, porém, surpreendeu a maior parte dos analistas do mercado financeiro, que acreditava, segundo pesquisa conduzida pela própria autoridade monetária, em um corte de 0,5 ponto percentual nesta quarta-feira, para 10% ao ano.

Uma redução maior, para 9,75% ao ano, porém, já estava "precificada" (jargão financeiro) pelos bancos no mercado futuro. A aposta majoritária, no mercado de juros futuros, era de uma queda de 0,75 ponto percentual nesta semana.

Juro em um dígito
Com o corte promovido nesta quarta-feira, o juro básico da economia retornou ao patamar de um dígito (abaixo de 10% ao ano), que havia sido registrado entre junho de 2009 e o mesmo mês de 2010.

A discussão sobre a capacidade de o Brasil ter uma taxa de juros abaixo de 10% ao ano, em linha com economias mais desenvolvidas, permeou o debate econômico no passado. A taxa, porém, foi atingida pela primeira vez somente em 2009, quando o BC afrouxou a política de juros para combater os efeitos da crise financeira. Em meados de 2010, porém, para conter a alta da inflação, os juros voltaram a subir para o patamar de dois dígitos.

Recentemente, o Banco Central avaliou que havia "elevada probabilidade" à concretização de um cenário que contempla a taxa Selic se deslocando para patamares de um dígito", mas não informou quando isso poderia acontecer. Segundo o Copom, ocorreram "mudanças estruturais significativas" na economia brasileira, que determinaram recuo nas taxas de juros em geral, e, em particular, na chamada "taxa neutra" (que teoricamente evitaria a inflação e, também, o desemprego).

Taxa real mais alta de 40 países
Mesmo acelerando o ritmo de corte dos juros e baixando-os para um patamar abaixo de 10% ao ano, a taxa de juros real brasileira (após o abatimento da inflação esperada para os próximos 12 meses) ainda é a mais alta de 40 países pesquisados - o que contribui para atrair capitais.

Levantamento do economista Jason Vieira, da corretora Cruzeiro do Sul, em parceria com Thiago Davino, analista de mercado da Weisul Agrícola, mostra que os juros reais estão, atualmente, após o corte de 0,75 ponto percentual na Selic, em cerca de 4,2% ao ano, acima do segundo colocado (Rússia, com 3,4% ao ano). A taxa média de juros de 40 países pesquisados está negativa em 0,7% ao ano.

Crise financeira, guerra cambial e PIB fraco
De acordo com economistas, uma série de fatores possibilitou ao Banco Central prosseguir baixando os juros neste mês. A avaliação do mercado financeiro é de que a crise financeira internacional, que impacta para baixo o nível de atividade da economia brasileira e mundial, juntamente com o recuo dos preços das "commodities" (produtos básicos com cotação internacional), tendem a gerar menos pressões inflacionárias no Brasil – possibilitando a continuidade dos cortes nos juros por parte do BC.

Além disso, "guerra cambial" em curso, com a injeção de quase R$ 9 trilhões nos mercados financeiros por parte dos BCs dos países mais desenvolvidos (Estados Unidos e Europa principalmente) nos últimos três anos, o que foi apelidado de "tsunami monetário" pela presidente Dilma Rousseff, é um fator que pressionou o Banco Central brasileiro a acelerar o ritmo de corte dos juros. Somente na última semana, o Banco Central Europeu colocou no mercado US$ 712 bilhões em empréstimos de longo prazo. Em dezembro do ano passado, outros US$ 658 bilhões já tinham sido colocados em mercado.

A explicação é que parte destes recursos buscaria as economias emergentes, como o Brasil, que possuem juros elevados (gerando retorno financeiro maior para os investidores) e ainda registram um crescimento econômico um pouco mais elevado. Com juros mais baixos, os economistas explicam que poderia haver um ingresso menor de recursos na economia brasileira e que, consequentemente, isso poderia aliviar a pressão pela queda do dólar – fator que barateia as importações e torna as vendas externas brasileiras mais caras, minando, assim, a competitividade da produção nacional.

Outro indicador que também pressionou o Banco Central a intensificar o processo de redução dos juros, segundo analistas, foi o fraco crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011. Mesmo com a inflação ficando em 6,50% no ano passado, no teto do sistema de metas, o crescimento da economia somou 2,7%. Se for excluído o ano de 2009, quando o PIB recuou 0,6% por conta da primeira etapa da crise financeira internacional, foi a menor expansão desde 2003 (+1,1% de crescimento).

Credito: G1.com.br 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

IPC-S desacelera, puxado por preços de Educação--FGV



SÃO PAULO, 23 Fev (Reuters) - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) subiu 0,27 por cento na terceira quadrissemana de fevereiro, ante alta de 0,30 por cento na segunda quadrissemana, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.
Quatro das oito classes que compõem o indicador desaceleraram a alta de preços, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação, que passou de uma taxa de 1,69 por cento na segunda quadrissemana para 1,01 por cento no último levantamento.
No item cursos formais, os preços saíram de uma elevação de 3,21 por cento na pesquisa anterior para uma alta de 1,98 por cento na terceira quadrissemana de fevereiro.
Também tiveram desaceleração as altas de preços dos grupos Despesas Diversas (de 0,50 por cento para 0,30 por cento), Comunicação (de 0,25 por cento para 0,14 por cento) e Alimentação. Este último passou a registrar deflação, de 0,09 por cento, ante inflação de 0,02 por cento no levantamento anterior.
Entre os itens que se destacaram nesses grupos, destacou-se o comportamento dos preços de cartório, que passaram de uma alta de 4,22 por cento para uma elevação de 1,88 por cento. Os preços de hortaliças e legumes tiveram queda de 2,75 por cento, após alta de 0,66 por cento na segunda quadrissemana. O item tarifa de telefone residencial também desacelerou a alta de preços, para 0,37 por cento, ante 0,71 por cento.
Registraram aceleração da alta de preços os grupos Vestuário, Saúde e Cuidados Pessoais, Habitação e Transportes. Os artigos de higiene e cuidado pessoal saíram de uma deflação de 0,16 por cento para uma inflação de 0,65 por cento na terceira quadrissemana de fevereiro.
O IPC-S mede a evolução dos preços de bens e serviços para famílias com renda mensal entre um e 33 salários mínimos e residentes nos municípios de Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre.
Apesar de a leitura ser semanal, a apuração das taxas de variação leva em conta a média dos preços coletados nas quatro últimas semanas até a data de fechamento.

(Por Hélio Barboza)

sábado, 11 de fevereiro de 2012

O IBGE divulga, ontem, dia 10 de fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),

O IBGE divulga, ONTEM, dia 10 de fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o Índice Nacional da Construção Civil (INCC), este último componente do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI), todos tendo como referência o mês de janeiro do corrente.  
        O IPCA do mês em tela foi de 0,56%, situando-se 0,06 ponto percentual acima do detectado no mês anterior, que foi de 0,50%. O acumulado dos últimos 12 meses chega na casa dos 6,22%. Dentre as regiões que integram o universo pesquisado, a região metropolitana do Rio de Janeiro apresentou o maior índice no mês em tela, 1,11%, enquanto na região metropolitana de Fortaleza foi detectada a menor taxa de inflação, 0,07%.  
        O INPC do penúltimo mês do ano foi de 0,51%, taxa igual à detectada no mês anterior. Considerando os últimos 12 meses, o índice chega a 5,63%. Dentre as regiões pesquisadas, Rio de Janeiro e Belo Horizonte apresentaram os maiores índices no mês: 1,48% e 0,79%, respectivamente. Já os menores foram constatados nas regiões metropolitanas de Porto Alegre e Fortaleza, que acusaram taxas respectivas de 0,15% e 0,03%.  
        O levantamento de preços do IPCA/INPC é feito nas 9 principais regiões metropolitanas do país, acrescidos  do município de Goiânia e da cidade de Brasília. A metodologia é a mesma para ambos os índices, o que altera é o quanto determinadas famílias, do ponto de vista da renda monetária auferida, são impactadas pela movimentação de preços de uma dada cesta de bens e serviços por elas consumida. No IPCA, a variação de preços de bens e serviços atingem famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, enquanto o INPC se refere às famílias com rendimento de 1 a 5 salários mínimos, sendo o chefe assalariado.
        A coleta de dados tanto do IPCA quanto do INPC foi realizada no período de 29 de dezembro de 2011 a 27 de janeiro de 2012, considerado período de referência, sendo os preços aí levantados confrontados com aqueles pesquisados no período base de 30 de novembro a 28 de dezembro de 2011. É imperioso informar que os índices apresentados acima estão livres de influências sazonais.
        Tanto o IPCA quanto o INPC passam doravante a ser calculados com a nova ponderação obtida através da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009.        
       O INCC, no mês de janeiro de 2012, ficou na casa de 0,59%, taxa superior à detectada no mês de dezembro, que foi de 0,12%. O levantamento de preços do INCC é realizado em todo o território nacional, e é fruto de uma parceria com a Caixa Econômica Federal.
        O custo médio do m² no Brasil no referido mês foi de R$814,43. No Maranhão, o valor foi de R$820,67, o maior valor dentre todas as unidades da federação situadas na região Nordeste.
        O site www.ibge.gov.br possui arsenal de informações sobre todas as pesquisas levadas a cabo pela maior instituição oficial de dados estatísticos do Brasil.

CORECON -MA

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012



A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou na primeira quadrissemana do ano. É o que informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao anunciar avanço de 0,93% para o indicador de até 7 de janeiro, acima do IPC-S imediatamente anterior, de até 31 de dezembro (0,79%). Esta foi a maior taxa para o indicador desde a terceira semana de maio de 2011 (0,96%).

Quatro das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimos em suas taxas de variação de preços, entre a quarta quadrissemana de dezembro e a primeira quadrissemana de janeiro.

Acelerações nos preços de Educação, Leitura e Recreação (de 0,42% para 1,38%) e Alimentação (de 1,65% para 1,92%) foram determinantes para a taxa maior do IPC-S, que saltou de 0,79% para 0,93% entre a quarta quadrissemana de dezembro do ano passado e a primeira quadrissemana de janeiro.

Nestas classes de despesa, houve taxas de inflação mais intensas nos preços de cursos formais (de 0,00% para 2,07%) e de hortaliças e legumes (de 0,58% para 4,48%), respectivamente.

Outros dois grupos apresentaram inflação mais forte, no período. É o caso de Transportes (de 0,59% para 0,61%) e Despesas Diversas (de 0,11% para 0,14%).

Mas nem todas as classes de despesa mostraram aceleração de preços. Houve taxas de inflação mais fracas nos preços de Vestuário (de 1,03% para 0,55%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,68% para 0,65%) e Habitação (de 0,27% para 0,25%).

Entre os produtos analisados, as mais expressivas elevações de preços na primeira quadrissemana de janeiro foram encontradas em mamão da Amazônia - papaya (11,98%); alcatra (6,37%); e tomate (8,89%). Já as mais expressivas quedas de preço foram registradas em limão (-21,09%); passagem aérea (-7,90%); e leite tipo longa vida (-0,74%).

Da Agência Estado