Fazer um empréstimo ou solicitar um financiamento está cada vez mais fácil. Simplesmente porque as instituições financeiras e as lojas de varejo estão oferecendo crédito para aquisição de qualquer bem de consumo, ou até a compra da própria casa.
Existe uma quantidade enorme de ofertas para aquisição de bens duráveis, basta folhear as revistas, pegar todos os folhetos que te entregam nos semáforos ou assistir 10 minutos de televisão e poderá verificar que a maior parte é de propaganda de eletrônicos e/ou de imóveis.
Mas o consumidor pode perguntar o que tem em comum nestes dois tipos de produtos e qual a relação com as linhas de crédito?
Há uma igualdade gigante, pois os setores de marketing das lojas e instituições financeiras já conhecem o poder de consumo da classe média e monitoram estes dados a todo instante, controlando também o desejo de consumir das pessoas. Assim passam então a oferecer formas de pagamentos para os objetos de desejo, do tamanho que se encaixem no bolso de cada consumidor.
Faça uma pequena busca na memória, quais foram suas últimas aquisições? Com: compra do carro, geladeira, celular, roupa, presente do dia dos namorados, dias das mães, certamente alguns efetuaram estas compras através de um pequeno financiamento, adequando assim o valor da prestação ao seu salário.
A parcela mensal de um financiamento de imóvel ou do veículo, por serem valores mais altos, os consumidores mais atentos podem estar falando que é óbvio adequá-los ao salário, pois guardar todo o dinheiro é muito difícil ou quase impossível. Diria que para mim não, porém concordo em parte.
No entanto, quando falamos da aquisição de produtos de menor valor, como: roupas, eletrônicos e tantos outros, fica claro que a cultura da compra parcelada é um problema que atinge as classes A, B, C, D, F brasileira, sem exceção.
Quem não se lembra da propaganda “quer pagar quanto”, da Casas Bahia. Isto explica também o grande sucesso dos canais de vendas pela televisão. Nas propagandas de venda de carro, dá-se a impressão de estar comprando uma casa, pois os prazos são bastante similares 72 e até 84 vezes sem entrada.
O maior perigo deste crédito facilitado é que nos dá a sensação de que no curto prazo a satisfação de ter algo novo é o mais importante, e o prazer da conquista vem no médio prazo, logo no longo prazo temos todas as outras contas para pagar e o que compramos já passou da hora de ser trocado. Pois todo objeto ou bem possui um tempo útil.
No geral sempre terá que colocar o valor da prestação em seu orçamento. Deve-se fazer o calculo da diferença de valores entre as parcelas e os diferentes prazos, daí se você fizer as contas poderá chegar à conclusão de que a diferença do valor das parcelas não é tão grande em prazos maiores, portanto sendo melhor ter prazos menores, porque assim no final das contas você estará pagando menos juros.
O que sou totalmente contra, sou a favor de poupar para então com o montante de dinheiro necessário para a aquisição à vista, efetuar a compra. E esta é uma alternativa muito mais econômica, poupar pode ser certamente a solução para o sucesso financeiro.
Sabemos como é importante termos algum recurso para os tempos difíceis e melhor ainda para poupar e investir. “Gastar menos do que se ganha” é o que todo mundo fala, e vocês já estão cansados de ouvir. Essa tal atitude nos traz oportunidades e segurança para realizarmos nossos projetos pessoais.
O consumo imediato, através do crédito amplamente oferecido pelas lojas, ao invés de pouparmos é o grande desafio. A maioria não está habituada a poupar ou ainda não entendeu a importância do prazer de comprar algo à vista.
Para mudar esse hábito é preciso começar a entender a diferença entre poupar, economizar e investir.
Economizar é fazer sobrar dinheiro no final do mês (gastar menos do que se ganha).
Poupar é guardar o dinheiro que você fez “sobrar” no final do mês para realização de projetos: uma viagem, a compra de um carro novo, ou até mesmo uma casa. Daí vem o termo “poupança”. E é por isso que eu, particularmente, não considero a caderneta de poupança como um investimento.
Investimento é para ganharmos dinheiro passivamente, fazendo o dinheiro investido trabalhar para você, sem que você necessite fazer nada e assim aumentarmos nossas riquezas e que lá na frente servirão para realizar outros sonhos ou um futuro mais tranqüilo.
O leitor deste blog já tem um certo nível de educação financeira, e me orgulho disso, porém vale lembrar que o próximo passo, após o controle total de suas finanças pessoais, o caminho é investir.
Saiba selecionar as melhores dicas e conselhos, escute e tire suas conclusões. Não fique dando ouvido a todas as palavras, desconfie de grandes rentabilidades de investimentos no curto prazo, o ganho do passado não representa necessariamente ganhos no futuro e no curto prazo. Analise um investimento de pelo menos 24 meses anteriores.
Se mesmo assim você ainda não se sente seguro para tomar certas decisões financeiras, pergunte a quem você conhece que tem estas habilidades, estude, leia livros, blogs independentes como este, participe de fóruns, pois agir sem sabedoria certamente fará com que seus ambiciosos projetos fracassem.
E você, o que você faz para melhorar sua vida financeiramente?
Everton Ricardo
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